Dor crônica e depressão.
A cada dia que passa, tenho visto mais pacientes portadores de dor crônica, associada à depressão e ansiedade. Impressionante, como após o início da pandemia, essas doenças aumentaram e consequentemente também o índice de dor crônica. Isso piorado pela falta de exercícios e também pelos distúrbios do sono.
Tristeza não é sinônimo de depressão. Depressão se caracteriza pela presença, por pelo menos 2 semanas consecutivas, de 5 das 9 manifestações a seguir:
Humor deprimido: sentir-se triste, sem esperança
Diminuição ou perda do prazer em atividades
Inquietação ou estar mais lento que seu habitual
Alteração de apetite e/ou de peso: pode ser para mais ou para menos, ou seja, pode ocorrer aumento de apetite e de peso, redução de peso e de apetite
Alteração do sono: excesso de sono ou insônia;
Fadiga ou falta de energia: cansaço mesmo sem esforço físico
Sentimentos de inutilidade ou de culpa excessiva ou inapropriada: o indivíduo pode, por exemplo, ficar ruminando pequenos fracassos do passado;
Dificuldade de se concentrar ou de pensar: pode haver queixas de dificuldades de memória;
Pensamentos de morte ou suicidio
Não tem como tratar dor crônica, se não tratarmos a depressão. Não existe fórmula mágica, existe sim o comprometimento do paciente em querer melhorar: realizar atividades físicas diárias, gestão das emoções e do estresse, terapia, melhora do sono, perda de peso, alimentação não inflamatória(evitar açúcar, processados, gorduras), hidratação adequada e uso de medicações ( que podem ter efeitos colaterais nos primeiros dias de uso)